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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Se houver amor

Se houver amor, que ele seja destituído de rotina, de impermanência, de ausência...
E sendo assim, se o carinho surgir, que ele seja desapegado de obrigação, que seja alheio ao sentimento de apego doentio que parte do coração.

Se o amor surgir, que ele não me jure eternidade, que não me prometa nenhuma inverdade. Que ele respeite minhas limitações, que ele compreenda meus medos e a minha intrínseca solidão.

Que ele não se esqueça que atrás de mim, no tempo e no presente, há coisas que dizem respeito ao que sou hoje.

Se o amor resolver aparecer, que ele seja imutável, que ele permaneça impassível ao tempo e as intempéries dele.

E que se esse amor existir eu o saiba reconhecer e valorizar.

Que eu retribua com amor ao amor... Se houver amor.

Laís

1 comentários:

Anônimo disse...

Que maravilha. muito profundo Lá. beijinhos ass. Alê

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