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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Condor

Na rapina que se empina junto a um sol a pino... Vejo nas asas dessa liberdade um Condor negramente impetuoso que me diz que o que busco está no meio. Está na liberdade de ser e o voar alto não me podem jamais tolher.

E pergunto a esse assustador pássaro se serei capaz de chegar além da compreensão onde reside a prática efetiva.

No extremo do que está alto e o que está rasante está o equilíbrio que não só é o alvo como também é o foco.

Compreendo, compreendo.

Logo aprenderei que no deslocamento de ar que brisa vindo das batidas das asas do Condor, de repente inalo ar para sobrevivência e repentinamente me desintegro na impermanência.




Laís de Souza

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