sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Falando de amor
Nesse assunto de amor romântico, como encontrar a permanência que não seja apenas dependente?
Como manter acesa a chama que insiste em titubear e sucumbir a inclinações por cada leve brisa de temporalidades que lhe toca?
Como manter o jovial ímpeto da paixão que nos movia outrora e impor ao dia a dia que cada novo alvorecer seja recheado de pequenos gestos de sensibilidade e afeto?
Aonde erramos ao, sem perceber, permitir que o costume crie nebulosas barreiras que mudam nosso olhar ao outro. Nada pode justificar pois quando comecei a amar era tão humana como ainda sou agora. Errava tanto ou mais. Então os erros não são desculpas.
Porque, porque ao menos o amor não pode ser permanente? Ou será que ele é e o que sentimos não é amor?
Queria um pouco mais de permanência. Um pouco mais e me sentiria satisfeita.
Queria um pouco mais de paciência.
Qual dos dois quereres será mais fácil de conseguir? Um depende de mim somente e o outro é regido por uma lei universal e implacável.
Já tenho a resposta. Ou aceitarei a impermanência mais uma vez.
Laís de Souza
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